A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DA IGREJA
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João 14.26
O Espírito Santo age na vida da igreja buscando ensinar cada cristão. E inspirou os apóstolos (Mateus e João) e seguidores (Marcos e Lucas) para que os Evangelhos fossem escritos. Deixando instruções preciosas sobre a Palavra de Deus, que na sua composição apenas de Antigo Testamento, carecia de sua plenitude através das palavras vindas de Deus reveladas pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele disse:
"Respondeu-lhes Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo. Quem fala por si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça". (Jo.7.16-18).
"Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo". (Hb.1.1,2).
João 16.7-14
Percebemos no verso 7 que toda ação do Espírito Santo ocorre na ausência física de Jesus. Era necessário que Jesus se ausentasse dentre os discípulos. Logo, podemos informar aqui que o Espírito Santo age na igreja até a vinda de Jesus. O Espírito não terminou sua ação na vida da igreja. E isso prossegue até que Jesus venha. O verso 8 fala sobre a ação do Espírito Santo pelo mundo, ele age no mundo provocando um convencimento, refutando, contradizendo as pessoas trazendo luz sobre a condição pecaminosa do ser humano. O verso 12 a 14 reforça a importância das cartas paulinas, gerais e do Apocalipse que, por obra do Espírito, foram transmitidas as demais instruções para a igreja, revelando que o Espírito Santo agiu prontamente para que o Novo Testamento fosse consolidado e completado para a edificação dos cristãos. Completando o Cânon de livros sagrados para a Igreja.
Até aqui podemos dizer que a ação do Espírito tem por finalidade: suprir a ausência física de Jesus, operar na igreja até que ele volte, subjugar o mundo com sua luz para que a igreja venha a receber novos conversos, inspiração e composição do Novo Testamento para a plena compreensão do Antigo Testamento.
João 14.16,17
O Espírito Santo é o vigário de Cristo na terra. O pontífice romano é um impostor e usurpa o lugar do Espírito de Deus. A igreja católica romana coloca uma pessoa humana com título de Papa para substituir Jesus na terra, porém isso é uma blasfêmia. O verso 16 nos revela que o outro consolador é o Espírito Santo. Não é Maomé, nem Kardecismo e nem o Papa romano. Muitas seitas e falsas religiosidades tentam tomar o lugar do Espírito Santo, porém Jesus foi bem claro aqui. O escritor do Novo Testamento colocou na escrita matriz uma palavra que significa outro de igual modo, sugerindo que o Consolador teria a mesma natureza divina de Jesus, a mesma qualidade e ao mesmo tempo não seria a mesma pessoa, seria diferente, outra pessoa. E as afirmações de Jesus sobre o outro consolador aponta para o personagem do Antigo Testamento mencionado em várias passagens como ESPÍRITO DE DEUS ou ESPÍRITO DO SENHOR ou ESPÍRITO SANTO (ver Gn.1.1,2; Jz.3.10; 14.6; 2Cr.15.1; 2Cr.20.14; Ez.11.5; Sl.51.11; Is.63.10,11) por quem Deus operava o ministério da Palavra e de prodígios sobrenaturais. Ora, o próprio Sr. Jesus testificou que nele mesmo agia o Espírito do Senhor (Lc.4.17-21). E Jesus apontou quando o outro consolador viria (ver Lc.24.49; At.1.3,5,8). O profeta João Batista falou que o próprio Senhor Jesus daria o Espírito Santo as pessoas fazendo analogia da água em que batizava (Mt.3.11). Jesus se referiu ao Espírito Santo como a água viva (Jo.7.38,39). Assim, no dia de Pentecostes, conforme avisou, veio o Espírito Santo sobre eles (At.2.1-21; 37-39). E isso veio a ocorrer depois com outros seguidores (At.8.15-17) e mais outros (At.10.44-48). No 2o concílio da igreja primitiva Pedro menciona que o Espírito Santo foi dado sem acepção de pessoas (At.15.7-9). Sendo esta ação do Espírito Santo um fato universal da Igreja de Jesus que não pode ser limitada ou mitigada em apenas conversão. Porém, abrangente, contendo aquilo que lhe é comum em sua manifestação desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento. De forma alguma o Espírito de Deus vai dosar sua ação apenas a converter uma pessoa. Pois fazendo-lhe morada é inevitável que outros elementos de seu poder não venham a interagir com o indivíduo, seja na atividade (os dons, prodígios e ministérios) ou no fluir de sua essência moral (fruto do Espírito Gl.5.22-23).
Veja no verso 17 que maravilha, o Espírito Santo supre a ausência física de Jesus com sua presença em nós, ele não pode ser visto e nem conhecido pelo mundo, mas aquele que crer e se converte a Cristo, pode conhecê-lo porque habita no cristão. Não o vemos porque ele está em nós. Porém, na descida dele em Pentecostes observaram os discípulos: um som vindo do céu, um vento forte e impetuoso preencheu o ambiente e foram vistas línguas como de fogo se repartiram sobre suas cabeças (At.2.2-3).
Isso posto, podemos acrescentar que o Espírito Santo na vida da igreja tem por finalidade batizar, imergir os seguidores de Jesus em uma ação sobrenatural parecida ao que ele fazia no Antigo Testamento, contendo sinais, maravilhas, prodígios, sendo que agora de forma residente. Isto é, fazendo habitação no indivíduo converso. E com essa habitação fazendo-o pronunciar outra língua (At.2.4 da matriz heteros glossa) ou novas línguas (Mc.16.17-18 da matriz kainos glossa) ou variedades de idiomas (Atos 2.6 da matriz dialektos) ou profetizar (1Co.14.3). Que no ministério de Paulo veio a ser normatizado (1Co.14), catalogado e explicado (Rm.12.6-8; 1Co.12.1-11,28-31; Ef.4.7,11). A língua humana tornou-se o canal da mensagem de Cristo, por isso todos os discípulos falaram em línguas, pois Cristo profetizou que eles seria testemunhas em todos os lugares até os confins da Terra. Sendo, por isso, a língua humana a ponta de lança da mensagem do céu acionada pelo Espírito Santo que, no Antigo Testamento ele já fazia isso.
A PALAVRA DE DEUS E A LÍNGUA HUMANA
Todos os protestantes reformados não pentecostais levantam o princípio do SOLA SCRIPTURA (retirada de seu contexto reformista contra o romanismo) e tomam como uma plaqueta de STOP contra os pentecostais e sentam em cima da ferramenta pela qual a Sagrada Escritura vai utilizar para que a voz de Deus seja transmitida aos homens QUE É A LÍNGUA. Devemos lembrá-los que a Bíblia não tem boca, nem uma língua com garganta. A Bíblia sem a língua humana não tem fonética, a Bíblia sem a grafia, não há comunicação escrita da voz de Deus. A não ser que o próprio Deus em pessoa venha e fale. Nisso, devemos lembrá-los de que o Verbo divino se fez carne, veio pessoalmente e usou a língua para falar. Os reformados não pentecostais ironizam que Jesus foi cheio do Espírito Santo e nem falou em línguas estranhas. Ora, quem disse que ele não falou em línguas estranhas? Por acaso as parábolas contadas por ele foram compreendidas por todos? O próprio Cristo usou uma linguagem não compreensível algumas vezes.
"Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e ouvindo, não ouvem, nem entendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não entendereis; e, vendo, vereis, e não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e de má vontade ouviram com os ouvidos, e fecharam seus olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, e se convertam, e eu os cure". (Mt.13.13-15). Além do mais, Cristo profetizou, o que constitui uma evidência de ser cheio do Espírito e batizado no Espírito:
"Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em línguas e profetizavam". (At.19.6).
Se cremos que o princípio do SOLA SCRIPTURA é relevante e verdadeiro. Não teremos por efetivo esse slogan sem que a língua humana seja usada por Deus para transmitir sua vontade e boas novas. Logo, deveríamos tratar com mais respeito e atenção os dons espirituais numa perspectiva contemporânea, principalmente no tocante aos dons da palavra, isto é, que envolvem a comunicação, tais como: a profecia, a palavra da sabedoria, a palavra da ciência e interpretação das línguas. Deixar de relutar e aceitar que o falar em línguas não é algo desatualizado e que ficou na história, como se a língua humana tivesse se tornado algo obsoleto. O apóstolo Paulo foi claro em dizer:
"Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios". (1Co.14.2). REFLEXÃO: O cristão não pode falar com Deus dessa forma? Tem que ser numa língua em que Deus compreenda? Existe alguma língua que Deus não saiba?
"O que fala em língua edifica-se a si mesmo…". (1Co.14.4). REFLEXÃO: Se a língua edifica a si mesmo, isto é, produz crescimento, porque extingui-la por meio de um dogma reformado não pentecostal?
"Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas" (1Co.14.39). Se Paulo não deixou proibir o falar em línguas, por que pessoas sem autoridade canônica querem proibir?
PERGUNTAS PERTINENTES DESTE CONTEÚDO:
Será que o Espírito Santo cessou suas ações na vida da Igreja?
Enquanto Jesus não se manifestar em sua vinda o Espírito Santo continuará cumprindo suas atividades que começou na vida da igreja. A única atividade que o Espírito do Senhor concluiu foi a composição do cânon da Bíblia. Os dons espirituais, o fruto do Espírito, a conversão, os dons ministeriais, todos seguem o seu curso.
Os dons cessaram?
A palavra do apóstolo Pedro é bem marcante:
"… Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar". (At.2.38,39).
Seria muito simplório alegar que Pedro estaria aqui apenas se referindo ao recebimento do Espírito Santo na vida humana resultando apenas na conversão e desconsiderando todas as nuances que foram abordadas aqui sobre a ação do Espírito do Senhor.
Observação: Alguns teólogos ortodoxos interpretam o dom ministerial de apóstolo e profeta como dons que foram substituídos pela atividade missionária (apóstolos) e dom de profecia (profetas). Uma vez que no tocante a ofício, o trato dos apóstolos e profetas é limitado pelo próprio apóstolo Paulo no mesmo texto de Efésios que ele menciona-os. Observa-se que em 4:11 Paulo fala deles, mas em 2:20 ele estabelece os tais como pessoas que fizeram parte do fundamento da igreja e não como parte contínua de uma construção, sendo portanto as Escrituras deixadas pelos apóstolos e profetas e o testemunho de suas próprias vidas a continuidade desses dons ministeriais por extensão para toda a igreja dispensando a necessidade de ter alguém vivo com esse dom. Fazendo uma correlação com os critérios de apostolado mencionados em Atos 1.21-26.
Por que há igrejas que são seletivas sobre qual tipo de dom que continua outros não continuam?
Porque essas igrejas não são pentecostais. Essas igrejas geralmente adotam o entendimento de que a ação do Espírito Santo em parte cessou quando o cânon da Bíblia encerrou-se. São chamados teologicamente de cessacionistas. Doutrina oriunda de igrejas reformadas e calvinistas tradicionais. Os dons miraculosos do Espírito Santo, como falar em línguas, curas, profecias, cessaram-se após a era apostólica. De acordo com o cessacionismo, esses dons eram específicos para o tempo dos apóstolos, servindo para autenticar a mensagem dos apóstolos enquanto o Novo Testamento ainda não estava completo.
Por isso eles abraçam alguns dons e negam outros. Com base nisso, os não pentecostais são bem seletivos diante do texto bíblico que falam dos dons e da ação do Espírito de Deus. Com o surgimento do pentecostalismo essa questão veio a acirrar os ânimos, e a mais de 1 século tem gerado idas e vindas de reformados de uma lado para o outro migrando entre as igrejas pentecostais e não pentecostais. Até que muitas igrejas reformadas passaram a adotar o título de renovadas. Porém até hoje há a migração de evangélicos por causa desse cisma teológico. Agora, com o advento do neopentecostalismo, muito se intensificou essa discussão e o trânsito de pessoas entre as denominações evangélicas.
O Espírito Santo se limita ao cânon da Bíblia para edificar pessoalmente a vida de um cristão?
A princípio temos que definir o que é edificar? Tomando emprestado o texto de 1Coríntios 14.4 essa passagem diz que o falar em línguas edifica a si mesmo e faz uso do verbo edificar. Que na língua matriz do NT quer dizer "construir uma casa, erigir um edifício". O seu significado metafórico aponta para "fundar, estabelecer, promover crescimento". Logo, o Espírito de Deus quando usa um cristão no falar em línguas traz edificação para vida dele. O mesmo ocorre com o dom da profecia e traz edificação até mais ampla (1Co.14.3). O cânon da Bíblia é instrumento único do Espírito de Deus para instrução, correção, doutrina e orientação, o que também não deixa de ser edificação, porém no tacante apenas a edificação, não é somente a Bíblia que o Espírito de Deus vai usar para tal. Ele poderá usar de suas demais ações na vida de igreja já mencionadas aqui, até mesmo pastores e mestres, e demais dons para edificar a vida do cristão.
O princípio do Sola Scriptura foi criado para censurar os dons do Espírito?
O slogan protestante do Sola Scriptura foi criado para refutar a teologia católica romana que diz que além das Escrituras, existe a Tradição da igreja e o Magistério que são componentes de verbalização da Palavra de Deus aos católicos, sendo estes também instrumentos de instrução, correção, doutrina e orientação. Os reformados não pentecostais ou tradicionais usam esse slogan de maneira inapropriada para os pentecostais tendo em vista ganhar no debate que se arrasta a 1 século. Porém os dons do Espírito Santo estão vivos e presentes na igreja e devem ser corrigidos pelas Escrituras quando estiverem se desvirtuando da sã doutrina. Mas não para barrá-los ou serem extinguidos por causa de um compêndio teológico.
Se o Espírito Santo foi derramado sobre homens e mulheres, por que há igrejas que censuram o ministério e dons na vida das mulheres?
Por puro preconceito mesmo. Como vemos aqui neste estudo bíblico, o Espírito Santo não foi seletivo se as pessoas eram judeus ou gentios, se eram homens ou mulheres, se eram escravos ou livres. Três questões bem complexas na era apostólica e nos tempos bíblicos. Quando estudamos a Bíblia vemos que o ministério sacerdotal de Antigo Testamento era todo composto de homens. Agora na Nova Aliança em Cristo o Espírito de Deus visita a todos e faz morada, o que nos tornam TEMPLOS (1Co.3.16). E faz de todos SACERDOTES do Deus vivo. Independente se são judeus, livres, ou da tribo de Levi, para ser mais específico, quantos mais se homens. O Espírito Santo quebrou esse cadeado já na era apostólica, porém as correntes não foram soltas de imediato. Notamos que Paulo não entra na polêmica do trato com o escravo e nem das mulheres, pelo contrário, dentro da hermenêutica cultural, Paulo vai utilizar o padrão de sua época para instruir a igreja quanto ao ministério pastoral e demais funções eclesiásticas. Porém ele próprio e outros escritores canônicos, sob inspiração do Espírito lançou luz na escuridão cultural falando sobre as mulheres profetizarem, o livro de Atos (21.9) e o resto da Bíblia faz menção de profetizas de Deus (2Rs.22.14), que fizeram o uso da palavra para ministrar sobre as pessoas. O sacerdócio universal dos crentes é uma doutrina bíblica, que podemos encontrar facilmente em Romanos 12.1; 1Pedro 2.5,9 e Apocalipse 1.6. E este assunto é cláusula a considerar como hermenêutica decisiva na quebra de censura do ministério e dons na vida das mulheres. Pois não podemos focar apensas a hermenêutica gramatical nas falas de Paulo sem considerar a hermenêutica histórico cultural. Talvez alguém diga: então Paulo não foi inspirado pelo Espírito Santo quando normatizou sobre as mulheres? Eu devolvo a pergunta: e Moisés não foi inspirado pelo Espirito Santo quando escreveu Êxodo 20.17? No texto consta: "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo". Observe que a mulher e o escravo estão como "coisas", "bens" do próximo, tal qual o jumento ou boi. Todavia, o que está em questão não é a inspiração do conteúdo canônico, mas que Deus agiu e age com o contexto das condições culturais até levar as pessoas ao nível mais alto de civilidade, ética e moralidade. Paulo escreveu:
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, o qual Deus propôs como propiciação, pela fé no seu sangue, para declarar a sua justiça para a remissão dos pecados passados, mediante a tolerância de Deus; para declarar, neste tempo presente, a sua justiça, para que ele seja justo e também o justificador daquele que crê em Jesus". (Rm.3.23-26).
"Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam". (At.17.30).
Dito isso, devemos considerar que Paulo não dirimiu completamente em seus escritos a três complexidades da igreja primitiva na sua época: judeus e gentios / homens e mulheres / escravos e livres. Percebe-se que ele se deteve mais na primeira complexidade e não lhe foi permitido aprofundar as demais. Porém, existe um trecho em que Paulo escreve o seguinte abarcando as três questões:
"Porque todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa". (Gálatas 3.28). Com certeza o Espírito de Deus foi além das perspectivas do escritor aqui.
Na contramão disso, temos igrejas evangélicas que mantém esse preconceito, e não há fronteiras teológicas, pois até mesmo entre os pentecostais há uma distinção entre os sexos. Onde as mulheres são colocadas em salinhas do ministério infantil, departamentos, setores de escola bíblica, ala musical, etc., parece piada, tudo são áreas em que as pessoas ensinam e fazem uso da palavra (da língua). Porém, no púlpito são descriminadas de fazer o uso, bem como de ocupar funções de autoridade eclesiástica. Só lembrando e concluindo o que estudamos aqui, é que no dia de Pentecostes TODOS falaram em línguas, as mulheres não foram censuradas pelo Espírito Santo. A língua humana e a linguagem humana não tem distinção de sexo. Deus pode usar tanto um quanto o outro no ministério da palavra.
Pr. Daniel Durand (ThB). Servo de Cristo e vosso servo.